A localização, estrutura organizacional e regimento de uma farmácia hospitalar não são a esmo. Tudo obedece a uma série de critérios pensados para facilitar o acesso, o trânsito de profissionais e, claro, a segurança e controle dos materiais e medicamentos.
Para saber mais a respeito, consultamos a farmacêutica e analista de Inteligência de Produto da SHS Health Tech, Mariana Monteiro, que nos detalhou o que deve ser considerado, quais os pontos de atenção e de que forma a tecnologia presta auxílio a essa estrutura fundamental.
Quadro geral
Na maior parte das vezes, as farmácias estão situadas no subsolo dos hospitais. Nestes espaços, a área é maior e capaz de também abrigar o setor de armazenamento.
Em algumas instituições, ela se encontra em um prédio separado – que deve ser próximo da construção hospitalar em si, a fim de facilitar a distribuição em grande escala.
O importante é que a questão do acesso seja sempre considerada, evitando-se que a farmácia fique completamente deslocada, distante ou mesmo em um espaço de difícil fluxo.
“Isso pode gerar atraso na entrega de medicamentos aos pacientes, comprometendo o tratamento e a evolução clínica de cada um deles. Além disso, um espaço pequeno ou limitado pode dificultar o gerenciamento de estoque, abrindo brecha para erros na dispensação e falta de medicamentos essenciais”, conta Mariana.
Farmácia no centro
O mais adequado é que a farmácia esteja localizada em uma área central do hospital, bem próxima aos departamentos de emergência e internação, de forma que facilite o acesso de médicos e enfermeiros.
Também é importante que ela fique próxima ao departamento de compras e estoque de materiais e medicamentos, de forma que a equipe de farmácia tenha acesso rápido às demandas muitas vezes urgentes dos pacientes.
Além disso, claro, o fator segurança deve ser sempre levado em extrema consideração. “A farmácia deve estar em um ambiente seguro, controlado e restrito, para que os medicamentos possam ser armazenados e distribuídos com segurança”, pontua a farmacêutica.
Estoques secundários
Em alguns hospitais, em especial os maiores ou aqueles com pouco acesso à tecnologia, recomenda-se a criação de farmácias satélites ou locais.
Com elas, é possível armazenar materiais e medicamentos de forma estratégica, de forma que atendam com rapidez e eficiência setores de emergência ou com alta demanda por determinado produto.
A gestão dessas farmácias deve ser feita com cuidado e atenção, para que se mantenha alinhada a todo o fluxo de medicamentos do hospital.
Exigências regulatórias
A fim de garantir a segurança e eficácia dos insumos e medicamentos, uma farmácia hospitalar também deve cumprir algumas exigências regulatórias.
As principais são:
. Farmacêuticos, técnicos de farmácia e auxiliares devem ser todos bem treinados e trabalhar sempre protegidos;
. O espaço físico da farmácia precisa garantir que o armazenamento de insumos e medicamentos seja feito de forma organizada, limpa e climatizada, para que os produtos não se degradem;
. A procedência e integridade dos materiais e medicamentos devem ser garantidas por um rigoroso controle de qualidade;
. O gerenciamento de estoque deve ser eficiente, a fim de se evitar a escassez ou o excesso;
. É preciso que seja feito um registro das reações adversas aos medicamentos, para que se garanta a segurança e eficácia dos tratamentos;
. Os protocolos de atendimento devem todos ser seguidos à risca;
. A farmácia hospitalar deve estar em dia com as regulamentações e normas de adequação, como a legislação sanitária e as normas técnicas e administrativas do Conselho Regional de Farmácia (CRF).
Aliança com a tecnologia
Assim como em outros setores hospitalares, a tecnologia desempenha um papel fundamental no bom funcionamento da farmácia.
Gestão de estoque e de compra, prescrição eletrônica e rastreabilidade de materiais e medicamentos são alguns dos sistemas tecnológicos que automatizam a administração de uma farmácia, permitindo controle real, monitoramento e identificação dos itens que estão próximos do vencimento, por exemplo.
Já os sistemas de dispensação automatizada e/ou armários eletrônicos podem evitar erros na administração de medicamentos e reduzir o tempo de espera do paciente, além de diminuir a quantidade de medicamentos dispensados de forma errada, aumentando a eficiência da farmácia.
“A tecnologia é fundamental para o bom funcionamento da farmácia hospitalar, pois auxilia no aumento da eficiência, melhora a precisão, reduz os erros e aumenta a garantia de segurança para o paciente”, resume Mariana.
Mais soluções
As soluções da SHS para a gestão de suprimentos das instituições também oferecem suporte às farmácias hospitalares.
Afinal, um setor de suprimentos equilibrado, sem falta ou sobra de produtos, monitorado e sempre bem servido por fornecedores de confiança influencia diretamente na boa operação das farmácias.
Monitoramento de compras hospitalares por meio de inteligência artificial, as compras em rede, os relacionamentos de longo prazo e o apoio constante fazem parte de nossa expertise.
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