Selecionar de maneira adequada medicamentos e produtos para saúde é fundamental para equilibrar uma série de variáveis dentro do seu hospital – que, claro, passam pelo estoque, mas se estendem até os contratos com os convênios médicos e o tratamento a beira-leito.
O assunto foi um dos focos do debate da primeira edição do nosso Pharma Day, evento online realizado no fim de maio para debater a Seleção e Padronização de Materiais Médicos e Medicamentos.
A iniciativa da SHS Health Tech visa levantar o tema para que importantes players do mercado da saúde apresentem caminhos e soluções aplicáveis. O convidado especial da vez foi Gustavo Alves, professor da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic e Faculdade Oswaldo Cruz, e coordenador dos grupos técnicos de Atenção Farmacêutica ao Idoso e de Farmácia Hospitalar do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
Importância
Do ponto de vista estratégico, selecionar adequadamente o arsenal de medicamentos e produtos para saúde permite maior planejamento e gestão logística do estoque, o que gera impacto direto nas finanças da instituição.
Afinal, toma-se nota sobre o que o hospital já possui, o que de fato usa e quais as próximas demandas. Dessa maneira, é possível comprar apenas o que é solicitado, com critério e sem grandes variações.
Além disso, há o aspecto técnico. “Ao selecionar determinado medicamento por sua classe terapêutica e indicação clínica, é possível escolher aqueles que trazem os melhores resultados a um custo mais interessante para a instituição hospitalar”, explica Alves.
Hoje em dia isso deve ser levado muito em conta, uma vez que os hospitais atendem a vários convênios e contratos – e resultados clínicos eficientes e enxutos tornam o tratamento mais econômico, sem encarecê-lo desnecessariamente.
Desafios
Para que a seleção seja bem-feita, é preciso que o hospital crie uma comissão, que na maioria das instituições leva o nome de Farmácia e Terapêutica, mas que em alguns lugares chama-se Comissão de Padronização.
Independente da nomenclatura, ela é composta por um presidente, que em geral é um farmacêutico, e dos chefes de equipe do hospital. O primeiro grande desafio é sensibilizar essas chefias sobre a relevância de se fazer a escolha do melhor arsenal terapêutico e firmar um consenso sobre qual medicamento será adquirido para determinado uso, deixando de lado preferências exclusivamente pessoais.
Cumprida essa etapa, há outra que talvez seja ainda mais importante: a adesão. “Não adianta a comissão selecionar determinado arsenal, porém, no momento da demanda, do uso, os médicos optarem por outros”, ressalta Alves.
Lista-padrão
A principal ferramenta de trabalho para a seleção eficiente de medicamentos e produtos para saúde é a lista-padrão. Ou seja, aquela que relaciona os itens que de fato serão adquiridos de maneira racional, sem duplicidade e desperdícios – de forma que seja comprado somente o que realmente será usado no hospital.
Ela tem de ter como base o perfil fármaco-epidemiológico de cada instituição. Assim, uma maternidade terá uma lista-padrão bastante diferente de um hospital oftalmológico, por exemplo.
Outro ponto a ser destacado é que a lista também serve como guia para outras medições. “Por meio dela, é possível chegar à média de consumo dos itens, fazer estudos periódicos, elaborar projeções e adequar o estoque à quantidade e variedade de itens. Em muitos hospitais, como não há preocupação com a seleção de medicamentos e produtos para saúde, as alocações são feitas em outros setores ou em áreas enormes, para dar conta de todos os itens”, argumenta o especialista.
Passo a passo
Alves sugeriu um passo a passo para a implantação da seleção adequada de medicamentos e produtos para saúde.
. Constituição da Comissão de Farmácia e Terapêutica;
. Estudo sobre o perfil de atendimento do hospital;
. Solicitar que cada chefia defina os itens de preferência, tendo como base a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename);
. Reunião com chefias e lideranças para estabelecer quais desses itens devem ser considerados em um primeiro momento, para que a listagem inicial (lista-padrão) não seja muito grande;
. Criar formas de divulgação da lista, que pode ser digital e compartilhada no ERP da instituição ou impressa em livretos;
. Monitorar a adesão da lista e revisá-la a cada ano.
“Caso o hospital já tenha uma lista, é preciso revisá-la para se verificar se ela continua atual, atendendo os pedidos de urgência e retirando eventualmente os que já estão fora de uso”, complementa o professor.
Tecnologia
Crucial para o funcionamento de todo esse processo é a adoção da tecnologia.
“Não tem como elaborar um sistema lógico e adequado de seleção de medicamentos sem o ERP, sem se fazer a rastreabilidade, sem se fazer o acompanhamento de uso e o eventual bloqueio de algum item, sem associar os nomes comerciais aos princípios ativos, sem controle de estoque etc.”, frisa Alves.
Segundo ele, a tecnologia, em especial a inteligência artificial, auxilia a tomada de decisão com a escolha da melhor opção terapêutica, inclusive com a elaboração dos algoritmos para determinados procedimentos. “Há uma relação sine qua non entre a inteligência artificial e o processo de seleção: ela é capaz de nos mostrar o que não está mais sendo usado, bem como revelar o que está surgindo”, completa.
Soluções SHS
Tecnologia e inteligência artificial são os pilares dos nossos serviços de gestão de suprimentos.
Efetuamos, por exemplo, o saneamento de descrições de maneira automatizada, corrigindo erros de grafia e de unidade de medida, retirando a duplicidade de itens e organizando a lista de compras em poucos minutos, de maneira que ela esteja perfeita para ser apresentada aos fornecedores.
Assim, é possível se ter uma ideia da real situação da instituição, localizando os pontos frágeis e apresentando soluções para que as compras sejam assertivas, racionais, aproveitando boas oportunidades de mercado – sem necessidade de se “apagar incêndios” por falta de planejamento.
Com isso, certamente contribuiremos para que a seleção dos medicamentos e produtos para saúde de seu hospital seja feita da maneira mais adequada possível.
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Saiba como fazer a seleção adequada de medicamentos e produtos para saúde
Dentre outras vantagens, a seleção adequada de medicamentos e produtos para saúde permite que se aprimore o planejamento e a gestão logística do estoque.
Para que ela seja implantada com sucesso, é preciso obedecer a um passo a passo simples, mas que certamente trará ótimos resultados para o seu hospital.
Em nosso blog, publicamos um artigo com as dicas e sugestões de Gustavo Alves, professor e coordenador dos grupos técnicos de Atenção Farmacêutica ao Idoso e de Farmácia Hospitalar do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Ele foi o convidado especial do nosso primeiro Pharma Day.